Saúde Mental e o câncer de próstata

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A campanha Novembro Azul promove a conscientização sobre o câncer de próstata e destaca a importância da saúde mental na saúde masculina.

Preconceito e negligência em relação à saúde mental são as principais barreiras que impedem homens de buscar diagnóstico e tratamento para doenças como o câncer de próstata. Para reverter esse cenário, especialistas recomendam acompanhamento psicológico e psiquiátrico e incentivam os mais jovens a procurar ajuda médica desde cedo. Essas ações são essenciais para promover conscientização e motivar os homens a priorizarem sua saúde.

Por que temos de falar abertamente sobre a saúde mental dos homens?

Apesar de apresentarem taxas de suicídio significativamente mais altas, os homens recebem diagnóstico de depressão com menos frequência do que as mulheres. Sinais de depressão nos homens frequentemente se confundem com agressividade, levando médicos e os próprios homens a ignorarem o problema.

Além disso, muitos homens recorrem a substâncias químicas, como álcool e drogas, como uma forma de remediar seus problemas. Isso, por sua vez, está relacionado a índices mais elevados de comportamento violento, resultando em uma expectativa de vida menor.

Portanto, é preciso trazer à tona a discussão sobre a saúde mental dos homens. Falar abertamente sobre o assunto, sem preconceitos, é fundamental para que eles possam viver de forma mais plena e feliz.

Em praticamente todos os países do mundo, os homens apresentam uma probabilidade maior de morrer antes dos 70 anos em comparação às mulheres. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 52% das mortes por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) ocorrem entre homens. Ao longo da vida, homens têm taxa de mortalidade maior e expectativa de vida menor que as mulheres.

Além disso, os homens enfrentam uma taxa de mortalidade por causas externas quatro vezes maior que a das mulheres e têm um risco sete vezes superior de serem vítimas de homicídios. A probabilidade de morrer por cardiopatias isquêmicas é 75% maior entre os homens do que entre as mulheres. Para agravar a situação, 36% das mortes entre homens são evitáveis, em contraste com apenas 19% das mortes entre mulheres. Portanto, é crucial abordar essas questões de saúde para melhorar a qualidade de vida dos homens e aumentar sua expectativa de vida.

Tabu

A sociedade sempre percebeu o homem como um ser forte e inabalável, muitas vezes considerado invulnerável e incapaz de expressar suas emoções e sentimentos. Esses conceitos históricos sobre masculinidade têm sido fatores significativos que interferem nos cuidados de saúde dos homens. Essa visão distorcida faz com que muitos homens não valorizem adequadamente sua saúde e ignorem a importância da prevenção de doenças.

Esse desprezo pela prevenção se torna evidente ao analisarmos dados que mostram que a maioria dos homens só busca atendimento médico nos níveis secundário e terciário de atenção à saúde. Essa característica indica que a população masculina tende a procurar ajuda médica apenas quando a situação se agrava. Em comparação com as mulheres, a busca por serviços de saúde pelos homens é geralmente concentrada em situações de emergência ou doenças graves, em vez de visitas preventivas.

Contudo, essa noção do “sexo forte” é desafiada por estudos recentes. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2009 e 2014, a mortalidade entre 20 e 59 anos foi maior entre homens, principalmente por causas externas, doenças circulatórias e neoplasias. As internações nessa população frequentemente se devem a lesões e eventos externos, seguidas de doenças circulatórias e respiratórias (Brasil, 2018). O Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelou que, em 2013, cerca de 13,3% das mortes de homens devido ao câncer foram atribuídas ao câncer de próstata, ficando atrás apenas dos cânceres de traqueia e pulmão.

Uma das estratégias mais eficazes para reduzir a mortalidade por câncer de próstata é a detecção precoce. No entanto, novamente enfrentamos a barreira da masculinidade. O exame de toque retal, essencial para a detecção precoce do câncer, é um tema cercado de preconceito, já que muitos homens relutam em realizá-lo por temerem que sua masculinidade seja comprometida. Muitos acreditam que esse exame pode “ferir” sua masculinidade e temem o julgamento de amigos e familiares. Portanto, é crucial desmistificar essas crenças e promover a importância dos cuidados com a saúde masculina, para que os homens possam viver de forma mais saudável e plena.

Saúde do Homem

Cuidar da saúde é essencial para todos, e isso se aplica igualmente aos homens. No entanto, muitos homens frequentemente evitam buscar ajuda médica e, como resultado, negligenciam sinais importantes que seu corpo apresenta. Portanto, é preciso conscientizar e incentivar essa população a adotar uma atitude preventiva. Essa abordagem deve incluir não só o câncer de próstata, mas também doenças cardiovasculares, câncer bucal e DSTs, que afetam os homens significativamente.

Conclusão

Em conclusão, a saúde mental e física dos homens exige atenção urgente e cuidadosa. A campanha Novembro Azul promove a conscientização sobre o câncer de próstata e incentiva uma abordagem aberta da saúde mental masculina. O preconceito e a negligência em relação a essas questões representam barreiras significativas, impedindo que muitos homens busquem diagnóstico e tratamento adequados.
É fundamental que os homens compreendam a importância de cuidar de sua saúde integral. Ao superar estigmas associados à masculinidade e ao autocuidado, eles podem se beneficiar de um acompanhamento psicológico e médico regular. Além disso, incentivar os mais jovens a procurar ajuda desde cedo pode ser uma estratégia eficaz para garantir que a saúde mental e física se torne uma prioridade.
Assim, ao falarmos abertamente sobre saúde mental e a importância de exames preventivos, como o toque retal, podemos ajudar a desmistificar crenças prejudiciais que cercam a masculinidade. Essa mudança de mentalidade permitirá que os homens vivam de maneira mais plena, saudável e feliz. Portanto, é essencial que todos nós nos unamos nesse esforço, promovendo uma cultura de cuidado e prevenção que beneficie não apenas os homens, mas a sociedade como um todo.

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Escrito por Sara Pereira – Correspondente da Vixting

Especialista na área trabalhista e atuante há mais de 15 anos na área de Departamento Pessoal.
Ampla experiência em projetos de implantação da área de Folha de Pagamento do zero, eSocial do zero, implantação de sistemas, internalização contábil, migrações de sistemas de Folha de Pagamento, auditoria trabalhista e previdenciária em empresas de médio, grande porte, startups, fintechs e multinacionais. Meu objetivo é ter a oportunidade de aproximar cada vez mais o Departamento Pessoal do negócio estratégico da empresa, com visão mais tecnológica e processos mais leves e intuitivos.