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4 minutosO Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado todo 10 de outubro, não deve ser apenas um marco anual, mas um lembrete diário da importância de cuidar do nosso bem-estar. A saúde mental vai muito além do aspecto psicológico, englobando saúde física, apoio social e condições de vida. E é influenciada por fatores biológicos, psicológicos e sociais, o que destaca sua natureza biopsicossocial. Logo, cuidar da saúde mental não é apenas uma questão pessoal, mas uma responsabilidade coletiva.
Nos últimos anos, o ambiente de trabalho se tornou um fator crucial na saúde mental das pessoas. Jornadas de trabalho extensas, responsabilidades acumuladas e exaustão emocional criam as condições perfeitas para o desenvolvimento da síndrome de burnout. Essa síndrome, caracterizada por sentimentos de esgotamento extremo e negatividade em relação ao trabalho, afeta cada vez mais pessoas.
Em 2023, 421 trabalhadores brasileiros foram afastados devido ao burnout, um número que cresceu 136% em relação a 2019. Durante a última década, os afastamentos por burnout aumentaram em quase 1.000%. A pandemia de COVID-19 contribuiu para esse crescimento, evidenciando ainda mais a necessidade de discutir a saúde mental no ambiente corporativo.
A síndrome de burnout não afeta apenas o desempenho profissional, mas também compromete a saúde física e emocional. Entre os sintomas mais comuns, estão:
Esses sinais alertam para a importância de uma intervenção precoce, a fim de evitar consequências mais graves.
Os millennials, com idades entre 25 e 40 anos, representam uma geração marcada pelo burnout. Cresceram acreditando que poderiam alcançar qualquer objetivo com dedicação extrema. No entanto, a realidade do mercado de trabalho, que não oferece a estabilidade das gerações anteriores, os colocou sob pressão. Eles buscam uma integração perfeita entre vida e trabalho, o que muitas vezes resulta em exaustão emocional.
Para essa geração, o trabalho se torna uma extensão da vida pessoal, o que dificulta a separação entre o “eu profissional” e o “eu real”. Encontrar equilíbrio é essencial para prevenir o colapso mental.
Felizmente, muitas empresas já perceberam a importância de investir na saúde mental de seus colaboradores. Estão implementando ações preventivas, como pausas regulares, horários flexíveis e apoio psicológico. O papel do RH e da liderança é fundamental nesse processo, pois eles podem identificar problemas de saúde mental precocemente e implementar estratégias que promovam o bem-estar.
As empresas que priorizam a saúde mental se destacam por ter equipes mais engajadas e produtivas, além de reduzir taxas de absenteísmo. Um ambiente corporativo saudável favorece tanto os funcionários quanto os resultados da empresa.
Para combater o burnout, as organizações precisam ir além das práticas tradicionais de gestão. Promover campanhas de conscientização e criar um ambiente favorável são passos essenciais. Além disso, é necessário acompanhar os colaboradores mesmo após o processo de recrutamento, garantindo que eles tenham suporte contínuo para lidar com o estresse e outros problemas de saúde mental.
Empresas que investem em qualidade de vida, otimização do trabalho e prevenção do burnout conseguem não só melhorar a performance, mas também criar equipes mais motivadas.
O RH desempenha um papel vital na criação de um ambiente psicologicamente seguro. Ao fomentar o diálogo entre gestores e colaboradores e abordar temas como saúde mental de forma aberta, é possível reduzir os casos de burnout. RH e gestores devem atuar juntos para construir um ambiente de trabalho saudável, oferecendo apoio emocional e criando estratégias que melhorem a experiência do colaborador.
O burnout não pode ser ignorado. Os funcionários estão cada vez mais conscientes de sua saúde mental e exigem que as empresas ofereçam um ambiente de trabalho saudável. Empresas que compreendem a importância de priorizar o bem-estar de seus colaboradores estão mais preparadas para enfrentar os desafios do mercado.
Portanto, investir na saúde mental não é apenas uma necessidade atual, mas um compromisso com o futuro. O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal precisa ser reavaliado constantemente. Empresas que oferecem suporte e criam espaços de diálogo sobre saúde mental verão colaboradores mais felizes e resultados empresariais melhores. Afinal, funcionário feliz, empresa feliz.
🚀💙
Escrito por Sara Pereira – Correspondente da Vixting
Especialista na área trabalhista e atuante há mais de 15 anos na área de Departamento Pessoal.
Ampla experiência em projetos de implantação da área de Folha de Pagamento do zero, eSocial do zero, implantação de sistemas, internalização contábil, migrações de sistemas de Folha de Pagamento, auditoria trabalhista e previdenciária em empresas de médio, grande porte, startups, fintechs e multinacionais. Meu objetivo é ter a oportunidade de aproximar cada vez mais o Departamento Pessoal do negócio estratégico da empresa, com visão mais tecnológica e processos mais leves e intuitivos.
Por Sara
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