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5 minutosO momento de desligamento da empresa pode ser delicado, tanto para o profissional que está de saída quanto para o responsável do RH que precisará tomar a liderança do processo.
Agora, imagine uma demissão em massa… Substituímos o cenário anterior (quando nos referimos a 1 pessoa), para um cenário onde a equipe inteira sofra o desligamento de uma só vez, por um único motivo.
É o que vem acontecendo em grande escala recentemente, tendo seu início na pandemia, porém até o ano de 2022 ainda vem ganhando forças.
Pensando em formas de amenizar o impacto que esse desligamento coletivo pode causar, estudamos formas de aplicar a demissão humanizada e tornar o processo menos traumático. Dessa forma, preservamos a saúde emocional dos colaboradores em desligamento e evitamos processos trabalhistas.
Mas, o que é a demissão humanizada e como fazer isso? É o que vamos explicar nessa matéria, vamos lá?
Talvez você já tenha ouvido falar em Employee Experience, ou seja, a experiência do colaborador? Se já, então saiba que a demissão humanizada faz parte desse método que busca melhorar a gestão de pessoas de uma empresa.
Atualmente, o mercado de trabalho está se adaptando a uma nova realidade que a pandemia trouxe para nossas vidas. Essa realidade procura ser embasada em métodos de saúde e segurança para incentivar, apoiar e cuidar dos profissionais de forma adequada, melhorando o relacionamento entre empresa e pessoa contratada.
A demissão humanizada pode ser feita através de técnicas, estratégias e mapeamentos indicando melhorias em alguns aspectos da empresa, como o local físico, o ambiente cultural e tecnológico.
Existem, sim, formas de praticar uma demissão em massa mais humanizada, é o que falaremos um pouco a seguir.
Através desse método na demissão em massa, a empresa se beneficia de algumas formas, sendo algumas delas:
A visão que os colaboradores terão da organização, muito provavelmente se dará no momento de desligamento. É claro que é preciso traçar a jornada do colaborador para entender como deve ser a experiência do mesmo de acordo com cada ponto de contato, mas a opinião positiva adquirida num primeiro dia, por exemplo, pode mudar drasticamente no período de saída. A demissão humanizada retém a avaliação positiva, ainda mais se tratando de uma demissão em massa.
O clima organizacional também sofre impactos, os demais colaboradores que ainda estão na empresa se sentem mais confiantes e seguros quanto à ética e cultura da organização, consequentemente os valores são fortalecidos e evitamos processos trabalhistas! Além disso, os ex-colaboradores desligados recebem apoio para voltarem a atuar no mercado de trabalho.
Vamos à algumas dicas para colocar em prática a demissão humanizada, sendo coletiva ou individual:
Primeiramente, é imprescindível definir um responsável do RH pela demissão humanizada. Essa pessoa precisa ter o conhecimento do Employee Experience, já que serão aplicados métodos desse conceito.
A dica de ouro da Vixting, para evitar conflitos ou tocar em assuntos indevidos, é planejar a reunião com antecedência. Tendo o plano traçado, sua comunicação é mais assertiva e assim evidencia o cuidado que a empresa tem com o profissional.
Com o plano traçado, mapeie o processo e planeje a estratégia que futuramente deverá ser aplicada nas demais demissões, de forma padronizada, sendo coletiva ou individual. É muito importante que todos os processos sejam iguais!
No momento de anunciar a notícia, faça pessoalmente em local reservado, de preferência sem tráfego de pessoas ou possibilidade de interferências. Jamais comunique esse tipo de coisa por e-mail, chamada de vídeo, ligação ou mensagem.
Na verdade, prefira falar com 1 colaborador por vez, isso ajuda a sanar dúvidas com mais tranquilidade e o deixa mais confortável.
Os motivos do desligamento devem ser explicados com clareza, mas, de qualquer forma, o RH ainda pode disponibilizar informações de contato caso o colaborador tenha dúvidas posteriormente e queira entrar em contato.
Além disso, se for possível, oriente o responsável do RH a levar os documentos necessários, bem como os cálculos dos valores a serem pagos. É claro que essa conversa não deve girar em torno disso, portanto lembre-se de ter cuidado com a forma como se expressa, fale do desligamento com paciência e bastante suavidade, tire todas as dúvidas, explique todos os direitos trabalhistas.
Uma técnica que ajuda a garantir o sucesso em uma demissão humanizada, é apoiar e reconhecer o profissional, ajudando-o a se estabelecer novamente no mercado de trabalho.
Demonstre como seu período de atividades foi importante para o desenvolvimento da equipe ou da organização, ofereça uma carta de recomendação ou indique para outras empresas. É importante, durante a demissão humanizada, que o colaborador se sinta apoiado.
Após o desligamento oficial, as outras equipes precisam tomar conhecimento da saída do colaborador. Isso deve ser feito de forma breve, com uma explicação básica. É necessário, pois evita a propagação de boatos e informações falsas que possam comprometer a imagem da pessoa e/ou da empresa.
E agora vamos ao ponto que merece atenção especial: a entrevista demissional!
“Nossa Vixting, mas já fazemos entrevista para contratação, precisa mesmo fazer outra para desligamento?”. A resposta só depende de você. Mas, vamos entender um pouco sobre as possibilidades que a entrevista demissional abre portas.
Sabe quando um colaborador está iniciando sua jornada na empresa, e o RH seleciona uma série de perguntas para analisar a condição atual do profissional e a forma como se porta no ambiente de trabalho? Pois é, na entrevista demissional, essas perguntas são focadas na empresa.
Vale ressaltar que essa entrevista pode ser anônima, com um ex-colaborador e um responsável do RH. A conversa deve ser guiada com o objetivo de coletar feedbacks sobre a empresa, ajudando a melhorar o desempenho dos líderes, clima organizacional, e experiência dos colaboradores que ainda permanecem lá.
Para isso, as perguntas-chaves podem trazer a solução ideal. Uma pesquisa breve com foco no motivo da saída (se o desligamento ocorreu por conta própria), ajuda a ter uma análise de cenário mais precisa da organização.
Esses dados poderão ser utilizados mais tarde para melhorar a experiência na jornada de trabalho!
Por Sara
Por Sara
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